de Shaunak Sen (India, EUA, Reino Unido, 2022, 94', M/12)
Enquanto legiões de pássaros caem dos céus cada vez mais escuros de Nova Deli, e a cidade ferve com agitação social, dois irmãos correm para salvar uma vítima dos tempos turbulentos: o milhafre preto, uma majestosa ave de rapina essencial para o ecossistema da sua cidade.
Música: Roger Goula Cinematografia: Ben Bernhard, Riju Das, Saumyananda Sahi Edição: Charlotte Munch Bengtsen, Vedant Joshi
de Edgar Pêra (POR, 2023, 92', M/14)
Há muitas maneiras de pensar em Fernando Pessoa e nos seus múltiplos heterónimos, mas é preciso chegar Edgar Pêra para os pôr todos a jogar aos matraquilhos uns com os outros. Não só isso, como os põe a todos como amanuenses do seu criador, vestidos de igual, identificados por dísticos nos casacos e trabalhando numa editora que está a preparar o n.º 23 da revista Orpheu.
Projeto de longa gestação, este “néon-noir” literário foi escrito com Luísa Costa Gomes e ancora-se na ideia dos heterónimos para brincar com os códigos do cinema de género e da série B, passados pelo particular sistema de filtros psicotrópicos de Pêra (mesmo que, aqui, muito mais controlados do que lhe é habitual).
Neste universo paralelo construído a partir da obra pessoana, o “verdadeiro” poeta, encarnado pelo ator Miguel Borges, dirige a tal casa editora que é também uma “produtora de conteúdos” assinados pelos seus heterónimos em longas filas de secretárias, com um departamento de cinema gerido por Álvaro de Campos (a Ecce Film, de facto uma ideia de Pessoa que até teve um logótipo).
Argumento: Luísa Costa Gomes e Edgar Pêra Interpretação: Victoria Guerra, Marina Albuquerque, Vítor Correia, Albano Jerónimo, Miguel Borges Música: Artur Cyanetto e Jorge Prendas Cinematografia: Jorge Quintela Edição: Tomás Baltazar
de Eduardo Brito (POR, 2022, 80', M/12)
A adaptação do romance homónimo de Agustina Bessa-Luís retrata a relação entre uma jovem escritora e a sua tia, personagens vibrantes inspiradas em figuras reais, a viver no interior norte de Portugal em meados do século XX. Sentimentos de ciúme, admiração e o complexo magnetismo entre duas mulheres fortes são retratados magnificamente pela grande escritora portuguesa no seu livro mais icónico, adaptado ao cinema com grande precisão.
Argumento: de Eduardo Brito a partir do romance de Agustina Bessa-Luís Director de fotografia: Mário Castanheira Produtor: Paulo Branco Montagem: Tomás Baltazar, Tiago Augusto
de Nicolas Philibert (Sur l'Adamant, JAP/ FRA, 2023, 109', M/12)
O Adamant é um Centro de Dia único: é um edifício flutuante. Construído nas margens do Sena, no coração de Paris, acolhe adultos com problemas mentais, oferecendo-lhes uma estrutura de atendimento que os estrutura no tempo e no espaço, os ajuda a se reconectar com o mundo, a encontrar um pouco de 'momentum'. A equipa que o anima tenta resistir ao máximo à decadência e desumanização da psiquiatria. O filme convida-nos a embarcar para conhecer os pacientes e cuidadores que inventam o seu quotidiano todos os dias.
Som: Érik Ménard, François Abdelnour Montagem: Nicolas Philibert Assistentes de Montagem: Janusz Baranek, Méryll Chandru Montagem de Som e Misturas: Nathalie Vidal
A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através do e-mail: ao-norte@nortenet.pt, indicando data pretendida, número de alunos e professores/ acompanhantes.
Para as escolas fora da cidade poderá ser garantido transporte coletivo. Na inscrição deverá referir se necessita de transporte.
Tel.: +351 258 821 619
Telm.: +351 962 834 852
E-mail: ao-norte@nortenet.pt