maio 05 > 14h00

Roda de Conversa

Práticas de Cinema
na Escola

Sala do Conselho Técnico Científico Escola Superior de Educação de Viana do Castelo

Práticas de Cinema na Escola

O cinema vai entrando na escola de múltiplas formas. Esta é uma história antiga. Mas é sobretudo em França com Jack Lang, enquanto ministro da Educação, ao criar Le plan pour les arts et la culture à l’École (2002) no âmbito do qual foi criado o plano Cinema uma arte e uma cultura, que considera o cinema (documentário ou ficção) antes de tudo como fazendo parte do capital de referência essencial à educação inclusiva no mundo atual. Linguagem no cruzamento de outras artes (teatro, música, dança, pintura, etc.), o cinema é considerado portador de saberes, mas também uma prática criativa e o visionamento metódico das obras contribui para o desenvolvimento do imaginário e pensamento crítico. As principais linhas de orientação do plano são as seguintes: 1. Reintroduzir uma cultura cinematográfica onde ela desapareceu do território nacional, equipando o maior número possível de salas de aula com dispositivos polivalentes, a fim de que o ecrã constituía um segundo quadro na escola; 2. Visionamento de obras integrais em sala e nas aulas, promover a aproximação interativa de extratos, documentos, de acordo com as noções temáticas ou históricas, e permitindo práticas simples de filmagens e montagem de sons e imagens; 3. Promover e realizar uma pedagogia (inovadora) da criatividade, em que cada aluno terá de fazer um experimento pessoal, concreto e prático do ato criativo, usando uma câmara ligeira e um software simples de montagem, de modo a permitir que as crianças compreendam a imagem em movimento, através da manipulação concreta; 4. Fornecer um fundo de filmes de referência, cujos direitos serão liberados para projeção em sala de aula; 5. Dar continuidade aos dispositivos e práticas existentes - "Escola e cinema", e "Estudantes do secundário no cinema", e incluir nos cursos profissionais de cinema projeções em sala e fazer intervir na formação, o mais possível, profissionais do ofício – realizadores, técnicos, autores, roteiristas / guionistas, etc… Este plano foi confiado a Alain Bergala, que apresentou um projeto ambicioso: tenta dar um novo alento e estruturação a um ensino do cinema, desde o início da escolaridade ao fim do secundário. Após esta ambiciosa partida as experiências de cinema na escola multiplicaram-se um pouco por todo o lado de formas diversas. A AO NORTE tem tido um papel significativo nesta área. Também, as Escolas de Aplicação das Universidades Federais de Goiás e de Pernambuco e muitas outras instituições de ensino desenvolvem projetos ambiciosos. Esta roda de conversa tem como objetivo a troca de experiências e a inserção destas na rede cooperação internacional em Educação Artes e Humanidades constituída a partir dos Encontros de Cinema de Viana do Castelo.

Participantes

Alexandre Martins, AO NORTE . Anabela Moura, Escola Superior de Educação, IPPVC . Carlos Eduardo Viana, AO NORTE . Elisa Santos, Escola Secundária de Santa Maria Maior . Fernando Marinho, Colégio do Minho . Jane Pinheiro, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco . José da Silva Ribeiro, Universidade Federal de Goiás e CEMRI – Universidade Aberta . Maria Alice de Sousa Carvalho Rocha, Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação - Universidade Federal de Goiás . Manuela Cachadinha, Escola Superior de Educação de Viana do Castelo . Maria Auxiliadora, UNIRIO . Patrícia Barcelos, IFB – Instituto Federal de Brasília . Philipi Bandeira, Coordenador do Curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNINTA, em Sobral, Ceará Rita Márcia Magalhães Furtado, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás

Conversa aberta a todos os participantes interessados.