Focando uma série de casos excepcionais do trabalho sonoro na história do cinema documental, iremos conhecer e analisar um conjunto de estilos, abordagens práticas e metodologias reconfiguradoras e revitalizantes das possibilidades relacionais entre o cinema e o real. Procuraremos problematizar o conceito de experiência cinematográfica, a partir da análise de algumas técnicas de escuta, observação e aproximação ao mundo real. Questões de narratividade e especificidades metodológicas estarão em foco, através dos seguintes casos de estudo: Weekend (1930), de Walter Ruttman, Il Mondo Perduto (1954-59), de Vittorio De Seta, e excertos da obra de Frederick Wiseman e Eduardo Coutinho.
Pedro Florêncio é licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema, mestre em Cinema e Televisão pela NOVA FCSH, doutorado em Artes pela Universidade de Lisboa. Realizou, em 2011, a curta-metragem “Banana Motherf*cker”, que recebeu diversos prémios internacionais. Em 2014, realizou "Onde o meu amigo pintou um quadro", exibido em vários festivais nacionais e internacionais desde então. Em 2017, realizou a média-metragem “À Tarde”, que recebeu o Prémio Especial do Júri na Competição Nacional do DocLisboa 2017. "Turno do Dia" é a sua primeira longa-metragem, que estreou mundialmente no DocLisboa 2018 e comercialmente em 2019.