Em 2022 o filme “Nosferatu – uma Sinfonia do Horror” de F. W. Murnau faz 100 anos.
Vindo da literatura oral e depois do Romance Gótico, a personagem do Vampiro provoca sentimentos de medo - “ Eles comem tudo/ eles Comem tudo/ Eles comem tudo e não deixam nada” (José Afonso), de fascínio – a ligação entre o Vampiro e Ellen é de grande ambiguidade quanto ao desejo oculto, mas também de superação porque a luta presente no filme representa uma ascensão a um plano espiritual superior (o sublime), em que o nosso ser, depois de aterrorizado e ameaçado de aniquilação, encontra um estado em que já não tem medo (Gilles Deleuze).
Este filme, adaptação do Conde Drácula de Bram Stoker, é um filme de luzes e sombras que se pode inscrever no Movimento Expressionista. Com ele inicia-se toda uma tradição fílmica à volta da personagem do Vampiro.
Qual será o motivo deste sucesso através dos tempos?
Nesta sessão iremos conhecer e debater as principais obras literárias e a representação no cinema do Vampiro, dando principal atenção a sequências da obra de F.W.Murnau, questionando o motivo que faz perdurar esta mitologia.
Graça Lobo é Mestre em Gestão Cultural com Tese em Formação de Públicos para o Cinema. É coautora e Coordenadora do Programa JCE - Juventude/Cinema/Escola da Direção Regional de Educação do Algarve desde 1997/98. Foi autora e Coordenadora do Plano Nacional de Cinema de 2012 a 2014. Foi Técnica Superior na Direção de Serviços dos Estabelecimentos Escolares do Algarve, onde foi responsável pelo Programa JCE e pelo apoio à Rede de Bibliotecas Escolares do Algarve entre 1997 e 2019. É coautora do Programa da Disciplina de Opção de Cinema do 3º ciclo do Ensino Básico. Foi Professora do ensino Secundário e do ensino Básico entre 1975 e 1997 e professora supervisora na Formação de Professores da Escola Superior de Educação do Algarve de 1993 a 1996. Foi Professora convidada pela Universidade do Algarve para lecionar disciplinas de Cinema entre 1994 e 2001. É Formadora acreditada pelo Conselho de Formação Contínua de Professores, tendo realizado dezenas de ações de Formação em Literacia Fílmica, desde 1999, quer no Algarve, quer noutras regiões do País. É Cineclubista desde 1980. Foi vice-presidente do Cineclube de Faro de 1996 a 2008. È vice-presidente da Assembleia Geral do Cineclube de Faro. Foi membro da Comissão de Formação do CCF entre 2015 e 2020. Coordenou várias publicações na área do cinema. Tem feito Comunicações em Congressos Nacionais e Internacionais e integrado Júris. Desde dezembro de 2019 que presta funções na Direção Regional de Cultura do Algarve na área dos serviços educativos, onde está a implementar o Programa Regional HArPA – Histórias, Arte no Património do Algarve.